quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


Muito se fala em amor de si mesmo. Dizem até que não podemos amar alguém sem antes sentir isso por nós mesmos... Quanta tolice! Certa vez vim até vocês para explicar que através das mais íntimas necessidades do ser humano conseguimos definir o que é para o ser humano e o que não é para o ser humano... 
Bem, vamos relembrar o que eu escrevi naquela ocasião para então podermos prosseguir ?
O termômetro da existência é a necessidade vital; portanto aquilo que faz a “máquina” humana funcionar em plenitude é então próprio para o homem e assume caráter indiscutivelmente de algo que de fato existe. 
Para exemplificar elaborei alguns exemplos bastante claros sob o prisma da felicidade: 
Felicidade/Infelicidade
Sexo sem amor = infelicidade
Amor = felicidade 
Doença = infelicidade 
Deus = felicidade 
Vida eterna = felicidade 
Solidão = infelicidade
O resultado final acaba por ser revelador daquilo que é para o homem e daquilo que não é próprio para o homem. Embora muitas pessoas vivam a busca desesperada pelos prazeres carnais atribuindo-lhes alguma felicidade, a prática do ato sexual sem o devido amor acaba por trazer a sensação de vazio interior à ambas as partes, homem e mulher .
Há quem possa dizer que assim como existem coisas às quais não se tem necessidade, podem inexistir coisas das quais temos necessidade, como Deus. 
A estes cabe a seguinte resposta: As coisas das quais temos necessidade são lacunas geradas pela ausência de algo que já existia. Assim como um buraco existe da areia que foi retirada do local. 
No Paraíso original o homem não tinha fome, mas com o advento da imperfeição causada por sua má escolha, esta invulnerabilidade sucumbiu causando uma lacuna. No Paraíso o homem não tinha frio, pois tinha a perfeição em seu corpo a aquecer-lhe; com o advento da corrupção causado por seu afastamento da fonte da vida (Deus) tal perfeição se perdeu gerando a necessidade do agasalho (frio).
Da mesma maneira, o ser humano que tinha Deus em si e ao seu redor, afastando-se dEle ficou vazio e com necessidade de encontrá-lo. 
O homem foi feito para viver perto de Deus e sem Ele acaba por morrer (assim acontece com todo sistema humano, a raça).
...Tudo o que necessitamos existe e tal necessidade é indicativa de que ali já houve plenitude do que se necessita. O corpo só indica necessidade daquilo que existe e que de alguma maneira, inconsciente que seja, ou genética, conhece. Ele indica que necessita de determinada substância que se não existisse o corpo não se ressentiria de sua ausência. Portanto, o ser humano se ressente na ausência tangível de Deus porque Ele existe e já esteve muito mais próximo.” 
(Texto de 22/09/2005)

Como podemos observar neste texto que escrevi faz algum tempo, aquilo que faz a “máquina” humana funcionar em plenitude é então próprio para o homem...Assim sendo,quero sugerir ao amigo leitor que se imagine numa daquelas situações de rompimento ou de término de um casamento, quando uma das partes resolve dar um fim na relação, tomado que foi por alguma paixão deste mundo... e nesse momento a outra parte tenta argumentar, pedindo que por favor este ser tão amado não se deixe dominar por ilusões passageiras... No que recebe a seguinte resposta: “Vou ser feliz! Com você não sou mais...Não importam os filhos que temos e nem a vida constituída, muito menos o amor que você tem por mim... importa-me apenas a minha vida!” Acaso alguém gostaria de ouvir algo desse gênero?
Pois é, caro amigo, cara amiga, esse é apenas um típico exemplo de atitudes de quem tem amor próprio... de quem vive pelo egoísmo e só olha para si. Essa pessoa que no exemplo citado abandona a própria família, está tomada por uma crise de amor próprio, carinhosamente chamado de egoísmo! Temos necessidade de ser tratados assim? Gostamos disso? Muito pelo contrário! Muitos de nós dariam metade da vida para não ser tratados dessa maneira... certo? Tal egoísmo de uma pessoa fez a “máquina humana” da outra “pifar”... Além disso, já repararam como é desagradável tentar desabafar seu problemas com alguém que nitidamente não se importa com o que você está falando? Amor próprio é egoísmo e amar a si mesmo te IMPEDE de amar alguém! Egoísmo é feio, envenena e mata o ser humano! E temos muita necessidade de viver loooonge dele!!!

Pense nisso...


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