terça-feira, 24 de dezembro de 2013

MAIS UM NATAL

Natais felizes, de tantas recordações! O tempo passa e não nos damos conta... A não ser quando, em datas festivas, paramos pra pensar no assunto. Talvez porque alguém nos faça falta... e as lembranças “apertem” um pouco nosso coração. Natal é a data simbólica em que comemoramos o nascimento de Jesus. Data esvaziada pelo comércio intenso. Data sem sentido a quem não crê, ou nem pensa no assunto. Data em que muitos sentem-se melancólicos por seus diversos problemas de família, ou pela solidão que lhes assola... Solidão, por sinal, cada vez mais inerente ao ser humano. Mais um Natal e nossa vida vai passando. Pessoas e situações vem e vão... Nascemos em cada descoberta, na manjedoura da imperfeição humana e seguimos o ritmo da tola dança da vida neste mundo.
Hipnotizados pela rotina, esquecemos que tudo encontrará seu “termo”, seu fim e quando este chegar, talvez nossos últimos segundos pensantes, sejam de uma agonia extrema e, baseados em nossa vazia experiência humana, sintamo-nos no momento final como que arremessados de uma imensa altura, num abismo sem fim e sem ter onde nos segurar...
Somos os pobres filhos dos homens que renegaram a Deus no princípio de todas as coisas e que agora endossam essa burrice sem tamanho.
Somos os tolos que crêem apenas no que a pobre visão carnal alcança, no que muito me admira que não creiamos ainda que a Terra é o centro do universo e que não seja redonda. Fome, sede, pensamento, sentimento, amor... Nada disso existe. Porque não os vemos, só sentimos...logo, não existem. Não vimos os Cesares romanos, então, claro que eles não existiram, porque, embora haja ciência sobre isso e a existência do Império Romano tenha sido um fenômeno que mudou o mundo...NÓS NÃO VIMOS NADA DISSO! Então, não existiu... Sendo assim, claro que não podemos crer num Jesus, sobre quem existe mais ciência e arqueologia do que todos esses Imperadores de Roma. Nossos absurdos!
Somos os bárbaros que matam os próprios semelhantes de fome. Somos os idiotas que segregam por conta da cor da pele. Somos gananciosos malditos e vivemos por dinheiro e poder. Somos assassinos e ladrões! Animais, infelizmente dotados de inteligência.
Somos também pessoas frágeis, carentes, vulneráveis. Somos medrosos, de escudos erguidos. Somos perdidos no meio do caminho!
Na contrapartida da história, somos excepcionais! Capazes dos mais lindos atos de caridade... 
Somos Francisco de Assis e Teresa de Calcutá. Somos Dom Bosco que caminha entre os jovens, somos Maximiliano Kolbe em algum campo de concentração, onde alguns são Hitler. Somos pensadores, como João da Cruz e Agostinho.
Somos Bakhita e Rita de Cássia. Somos puros, como Clara de Assis e Domingos Sávio. Somos contidos e dóceis, como Francisco de Sales. Somos visionários e empreendedores, como Paulo de Tarso.
Somos a maldita raça humana, traidora de Deus e amada por Ele! Somos essa mescla de bondade e maldade...
Somos Jesus, maltratado e sacrificado pelos seus! Somos Jesus, Deus humilhado para salvar-nos... Isso, porque naquela cruz Ele nos representou. Lá estávamos. Cada um de nós, com nossos pecados ainda nem cometidos, mas previstos. Somos Jesus, porque Ele quis ser cada um de nós! E, se somos Jesus, nada está perdido ainda! Somos o que há de melhor... Então, a festa é mesmo a do nosso nascimento!
Feliz aniversário, Senhor! Obrigado por lembrar-se do que fomos, perdoar-nos pelo que somos e por acreditar no que podemos ser...
Almir Levy

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